quarta-feira, 2 de março de 2011

A política externa norte-americana em relação às ditaduras do Oriente Médio e Norte da África.

 

Por duas fortes razões o Oriente Médio e o Norte da África tornaram-se pilares da política externa do império norte-americano: a necessidade estratégica do abastecimento de petróleo seguro e barato para os EUA, e a proteção a Israel – aliado fundamental dos EUA na região, cercado por países árabes.
A política externa norte-americana em relação às ditaduras do Oriente Médio e Norte da África vem seguindo um caminho ambíguo. Os Estados Unidos sempre qualificaram a ditadura como algo ruim, mas isso se torna contraditório quando se fala de alguns países, como o Egito e a Arábia Saudita.
Desde o acordo de paz com Israel, o Egito é aliado dos Estados Unidos. Aquele é alvo de bilhões de dólares anualmente do governo americano. Em 2010, por exemplo, o país de Hosni Mubarak foi gratificado com U$ 1,3 bilhão em auxilio militar e U$ 250 milhões em ajuda financeira para outros fins. Isso mostra uma das assistências fornecidas por mãos americanas ao país africano. Todo esse interesse americano no Egito tem um simples motivo: o Egito tem um papel de mediador nas negociações de paz entre israelenses e palestinos. O Egito é o “porta-voz” dos Estados Unidos na região. Então, a queda de Mubarak é algo ruim para os Estados Unidos, uma vez que esse líder é quem manteve relações tão favoráveis com os mesmos.
Independentemente de que possa se estender a outros países da região, a queda da ditadura do Egito demonstra que os EUA já não poderão manter o esquema de poder montado há mais de três décadas, e, por isso, após a intensificação dos protestos no Egito, o presidente Barack Obama já começou a se preparar para o futuro pós-Hosni Mubarak.
A missão histórica dos Estados Unidos que consiste em combater o totalitarismo, difundir a democracia e promover a paz também se mostra contraditória quando falamos a respeito da Arábia Saudita, que é grande fonte de energia dos EUA.
            Agora, quando de países inimigos, como o Irã, por exemplo, os EUA são totalmente contra. Segundo eles, o Irã está se movendo na direção de uma ditadura militar. Além disso, o ditador do Irã é um xiita fundamentalista. Ele é contra os EUA e seus aliados, como Israel. Por esse motivo, e por suspeitar de que o Irã pretende fabricar uma arma nuclear, os EUA são contra o Irã, e torcem para que seu ditador caia.

1 comentários:

@joaopamg disse...

Já deixou claro que meu objetivo não é criticar os EUA. Pelo contrário, adoro os EUA.

Postar um comentário

Seu comentário nos ajuda a crescer.

 

© 2009Oxii Mainha | by TNB